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Alho: um santo remédio

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Se as pessoas soubessem as virtuosidades terapêuticas presentes numa despercebida cabeça de alho, fariam do dente de alho um talismã que usariam pendurado ao pescoço, num cordão de ouro, junto com as demais jóias.

Não se perca pelo excesso ao enaltecer as qualidades divinas do alho. Sua importância medicamentosa é tão grande que médicos especialistas o consideram uma aspirina vegetal, por ser redutor em 20 a 30% da ação da coagulação sanguínea.

Convoco os leitores a um pequeno esforço para conhecer um pouco do alho. Inicialmente, é preciso ser apresentado a ele e saber o seu nome. É um vegetal, popularmente chamado de cabeça, por causa da forma de bulbo. É uma raiz da família Liliacerae, de uso indispensável na culinária e foi batizado pela comunidade científica como Allium sativum.

É bem antigo o conhecimento de suas virtudes medicamentosas. Registros assinalam o seu uso entre os egípcios no tratamento da diarréia e entre os gregos antigos para a obtenção da cura de doenças intestinais e pulmonares. Louis Pasteur, cientista francês, criador da técnica de pasteurização, em 1858, relatou a atividade antibacteriana do alho, até hoje confirmada. Pesquisas laboratoriais atestaram que o extrato fresco do alho inibe o crescimento de 14 espécies bacterianas, entre elas: Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Stafilococcus aureus, Salmonella typhimurium e Helicobacter pylori que é causadora de úlceras gástricas e duodenais e câncer gástrico.

Estudos realizados na China concluíram que quem se alimenta com mais alho apresenta menor risco de ter câncer do estômago. Já o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos da América do Norte confere posição de destaque ao alho, entre os primeiros lugares, como possível alimento protetor contra o câncer, principalmente o gástrico.

O alho é rico em vitaminas C e B e colina. São também encontrados em sua composição os minerais, cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Ferro (Fe), Cromo (Cr) , Fósforo (P), e os antioxidantes, zinco (Zn) e Selênio (Se).

Aqui estão algumas ações terapêuticas do alho que poderiam ser de uso mais eficaz, caso a classe médica dedicasse maior atenção a esse medicamento natural, tão presente nas cozinhas e ausente dos hospitais e consultórios, totalmente desprezado nos prontuários e receituários médicos:

– combate as infecções bacterianas, viróticas e fúngicas; gastrenterites, gripes, bronquites, afecções de pele, herpes simples e etc.;

– em diabéticos reduz a glicemia;

– ativa a tireóide, combatendo o hipotireoidismo e melhora o funcionamento digestivo gástrico, hepático e intestinal.

– atua no sistema imunológico, melhorando as defesas do organismo, reduzindo a fadiga, estresse, depressão e ansiedade;

– reduz o processo inflamatório nos infartados cardíacos;

– é diurético, reduzindo a pressão sanguínea quando empregado no tratamento da hipertensão arterial;

– é ativo contra diversos parasitas e vermes intestinais quando empregado em forma de supositórios e clisteres em crianças.

As pessoas obteriam significativos benefícios caso ingerissem uma ou duas cápsulas diárias de óleo de alho, fortalecendo, no conjunto, o sistema imunológico e reduzindo a suscetibilidade a doenças e mal-estar (após ouvir o conselho do seu médico).